How I Met Your Mother |
Faz hoje um ano que me mudei para a Covilhã. Um dia para recordar, mas também ele, um dia de recordes. Esta não é só a cidade em que mais tempo vivi fora daquela a que gosto de chamar de casa, é também o emprego mais longo que já tive na minha curta carreira.
O dia 2 de Abril marca, para mim, o início de uma nova era. A era pós-How I Met Your Mother. Ao fim de nove temporadas, seis das quais como espectador assíduo, vejo-me enfim privado daqueles vinte e três minutos de humor que ocuparam as minhas noites de terça-feira ao longo dos últimos seis anos.
Foi em Setembro de 2008 que tive pela primeira vez contacto com a série. Já tinha ouvido comentários por alto, em conversas entre o Paulo e o Luís. Durante esse Verão foram incontáveis as vezes que ouvi o Luís dizer, It’s gonna be Legen... Wait for it. Dary! Legendary, sem saber a origem dessa expressão.
Lembro-me de me contarem a premissa da série, já de noite, quando regressávamos do Furadouro depois da nossa habitual corrida. Pela sua descrição pareceu-me ser um drama idêntico a One Tree Hill, mas mais adulto. Não foram capazes de suscitar o meu interesse, mas mantive alguma curiosidade.
Numa tarde em Setembro, encontrava-me aborrecido e decidi pesquisar alguma informação sobre a série. Quando vi que o elenco incluía a Cobie Smulders, que conhecia como Juliet na série Veritas: The Quest, decidi ver o primeiro episódio.
Os vinte e três minutos de duração, o tom da cinematografia, e os cenários fixos, revelaram de imediato que estava perante uma sitcom, e não um drama como me fizeram entender. Esse episódio prendeu-me de imediato. Revia-me tanto no Ted que chegava a ser assustador.
Nas semanas seguintes nada mais fiz que ver os episódios das primeiras três temporadas. Deitava-me a pensar na série. Acordava com vontade de correr para o computador para ver mais um episódio. Ficava acordado, madrugada a dentro, a ver as peripécias do Barney, a admirar a forte ligação entre o Marshall e a Lily, e a torcer para que o Ted fosse capaz de reconquistar a Robin, secretamente sonhando que fosse ela a Mãe.
Consegui recuperar as três primeiras temporadas da série antes que a nova começasse. Foi uma sensação estranha ter que esperar uma semana por um novo episódio, quando estava habituado a vê-los de seguida até me cansar. Custou, mas consegui adaptar-me.
Ao longo dos anos a série perdeu alguma da sua qualidade. As últimas temporadas tinham um sentimento de repetição, e de humor forçado que quase me fez deixar de a seguir. Felizmente, sempre que How I Met Your Mother atingia um ponto baixo, surpreendia-me com um daqueles episódios que me fazia relembrar o sentimento que me prendeu às peripécias deste grupo de amigos, naquelas noites de fim de Verão, em 2008.
É estranho imaginar uma semana sem esta minha companhia das terças à noite. Contudo, uma boa história é aquela que sabe quando deve terminar, sem se alongar mais tempo que o necessário.
Hoje despeço-me de How I Met Your Mother, e agradeço aos seus criadores Carter Bays e Craig Thomas, por nos deliciarem com esta bela história, e com um elenco fantástico que fez dela o sucesso que sempre foi.
Despeço-me desta série, mas não da Covilhã. Se não houver nenhum imprevisto, por cá continuarei por mais um ano. Um ano para continuar a crescer. Para desenvolver os meus conhecimentos, e as minhas capacidades. Um ano para investir naquilo que me faz feliz. Um ano para seguir em frente. Um ano para começar a construir o meu sonho.
Até sempre Ted, até já Covilhã.
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