Monday, February 03, 2014

Os Gastos Possíveis de 2013

Imagem DR
Embora útil, uma das piores decisões que alguém com tendências de controlo obsessivo e compulsivo pode alguma vez tomar, é criar uma folha de Excel para registar os seus gastos ao longo do ano.

2013 foi para mim, o pior ano, no que diz respeito à minha capacidade de poupar. São vários os motivos que me levaram a este ponto, todos eles, ou melhor, quase todos, fora do meu controlo. Ter passado os três primeiros meses do ano desempregado, e sem qualquer fonte de rendimento, contribuíram em muito para um resultado menos positivo no fim.

A necessidade de migrar para outro distrito. A renda, e o custo elevado dos transportes, também não ajudaram. Se aliar a isto multas, gastos administrativos, e as avarias inesperadas do meu computador e do meu velho telemóvel, que ditaram a reparação de um e a substituição do outro, encontro em 2013, um ano pintado por momentos de pouca sorte.

Uma avalanche de inevitabilidades aleatórias que, inesperadamente, agravaram uma balança que, à partida, adivinhava ser algo desnivelada em relação àquilo que estava habituado.

Podia também argumentar que não fui propriamente comedido com os meus gastos. Mas esta afirmação não é inteiramente verdadeira. Viajei mais do que em outros anos, é certo, mas também comprei menos livros, filmes e álbuns. Fui menos vezes ao cinema. Não gastei mais saldo no telemóvel que aquele necessário para pagar a mensalidade. Posso ter exagerado numa ou outra prenda, mas também comprei menos roupa para mim. Enfim, fui estratégico nas minhas aquisições. Aquilo em que investi, investi por necessidade, e não por simples ócio.

Não posso assim escrever sobre as minhas compras inúteis, ou menos certas de 2013, pois estas simplesmente não existiram. Tive alguns gastos inesperados. Houve um ou outra pedaço de comida que foi desperdiçado. Mas nenhum caso que se assemelhe ao desastre da Marmite em 2011.

Não posso enfim dizer que tive gastos desnecessários, ou que estes fossem capazes de significativamente alterar o meu saldo final, que, apesar deste meu desabafo, não deixou de ser positivo. Não. Não tive gastos inúteis. Tive aqueles que quis, e aqueles que precisei.

A minha lógica para 2014 não vai ser muito diferente. Talvez até chegue a gastar um pouco mais, visto que os meus planos não passam por perder o meu tempo em casa a olhar para as paredes. Mas, se por mero acaso, ou simples impulso, me deixe tentar por uma compra menos certa, cá estarei de regresso para presentear todos aqueles que estiverem dispostos a ler, com os mais básicos exemplos da minha falta de engenho, no que a gastar dinheiro diz respeito.

Como diz o sábio povo, grão a grão...

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