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Está o Ministério da Educação a promover o facilitismo na realização dos exames nacionais?
Foi com alguma estranheza que nas últimas semanas segui o habitual drama dos alunos do 12.º ano a queixarem-se das "habituais dificuldades" em fazer o exame nacional de Matemática.
Que há de estranho nisto? Bom, desta vez as queixas incidiram sob a facilidade com que eles conseguiram realizar o exame. Mas isto não é mero paleio de estudantes membros da dita "geração rebelde" cuja única preocupação passa por ser o mais fútil possível. Não. Professores e Matemáticos vieram a público afirmar que o exame era composto por perguntas básicas, prevendo-se uma possível subida considerável das médias desta disciplina, que é muitas vezes considerada como o quebra-cabeças dos Portugueses.
Não tive oportunidade de ver este exame, mas confirmando-se esta situação a única coisa que pergunto à Senhora Ministra, é o porquê de não terem promovido estes facilitismos no ano em que eu fiz este exame, assim como em todos os anos que me precederam.
Mas o que realmente me fez pensar que o Ministério possa estar a tentar facilitar o acesso dos alunos do secundário ao ensino superior, foi o exame nacional de Biologia e Geologia.
Esta tarde, por mera curiosidade, decidi ver o exame de Biologia e Geologia, para ver se ainda me lembrava de alguma coisa. Decidi responder às questões. Fiz o somatório dos meus resultados e consegui a incrível classificação de 12,5 valores.
Quando andava no 11.º ano – isto já há três anos atrás – esse exame ainda não existia, contudo, eu fiz um exame de equivalência à frequência desta disciplina para subir a nota, no qual tirei 19,3. Podem então pensar que piorei bastante, mas vamos lá dar uma olhadela aos factos.
A matéria que saiu naquele exame abordava temas sobre os quais não sou avaliado há três ou quatro anos. Estou neste momento a frequentar um curso da área de Ciências Sociais logo, nos últimos dois anos nem sequer toquei em qualquer tipo de matéria ligada à Biologia ou à Geologia.
Tendo isto em conta, uma pessoa que não estudou, e que nem sequer fala sobre os temas abordados no exame há mais de três anos, conseguiu não só passar nesse mesmo exame, como o fez com alguma margem de conforto. Ainda confesso que nas questões de desenvolvimento atribuí sempre a nota mais baixa, o que talvez não correspondesse à realidade perante o olhar de um examinador.
Das duas uma. Ou eu ainda não perdi o jeito, ou há de facto facilitismos por parte dos responsáveis pela realização deste exame. Para esses senhores deixo-lhes a seguinte questão: Não acham que deviam, pelo menos, dar um pouco mais de luta?
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