Saturday, March 17, 2007

Em Busca do Vale Encantado

Cotonete, Ameaça Silenciosa

Cotonetes
Dentro das várias questões milenares que perturbam a Humanidade há séculos, como, “Deus existe?”, “Que religião é a correcta?”, “Para onde vou depois de morrer?”, “Deve Paulo Bento prescindir do Custódio?”, surge uma nova questão que arrasa com todas estas e mais alguma. Para que servem os Cotonetes?

O mais simples dos mortais pode sempre responder que o cotonete é um objecto de plástico com algodão nas pontas, usado para limpar os ouvidos ou os orifícios nasais. Eu também pensava assim, mas a verdade é que fomos todos enganados.

Em verdade vos digo, está medicamente recomendado que, sob nenhuma circunstância, se deve introduzir o dito cotonete nos ouvidos ou nos orifícios nasais. Por motivos que desconheço, tal acto é prejudicial à nossa integridade física.

Será isto um grande esquema para acabar com a subtileza sexual do acto de introduzir o cotonete nos orifícios acima referidos? Ou será isto verdade? Sendo isto verdade – e pelos vistos é – o cotonete é uma invenção inútil que não serve para nada, e que durante décadas apenas existiu para maltratarmos os nossos ouvidos e narizes.

Seremos todos um bando de masoquistas? Ou de simples ignorantes? Talvez nem uma coisa, nem outra. A verdade é que o uso do cotonete não provoca dor e quanto a efeitos secundários, depois de vários anos a utilizá-lo não tenho nada a assinalar. Embora tenha algumas dificuldades em ouvir, e não sou capaz de cheirar seja o que for.

Mas não se preocupem, não é caso para irem deitar os vossos cotonetes para o lixo. Eis algumas aplicações que podem dar a estes objectos malignos:
  • Retirar o verniz a mais;
  • Limpar o teclado e a zona onde a bola do rato geralmente se encontra alojada;
  • Se forem investigadores forenses podem usá-los para apanhar gotas de sangue; 
  • Se os derem a um miúdo de quatro anos ele arranjará maneira de se divertir com eles;
  • Etc.
Espero que dêem bom uso ao resto dos cotonetes que ainda possuem nos vossos armários de casa de banho. Mas antes de largarem este blogue e irem pesquisar outras coisas – como se já não o tivessem feito – pensem nisto: Por que inventaram os cotonetes, e lhes deram o uso de limpador de orifícios, se não os podemos usar com esse propósito?

Será este um método para implantar chips alienígenas? Ou será que estes objectos foram inventados por algum tarado por narizes e ouvidos?

A verdade anda por aí, mas não é aqui que a vão encontrar.

Thursday, March 01, 2007

Era uma vez no Porto

Ponte Luís I, Foto DR
Porto, cidade Invicta, cidade de muitos encantos. Muitos foram aqueles que a tentaram conquistar, contudo, os seus esforços sempre foram em vão. Mas que dizer dos seus habitantes?

Sou apenas um mero Vareiro a vaguear pelas ruas da Invicta, em busca de conhecimento. Quando descia uma das suas ruas, acompanhado por alguns amigos, a Catarina avisou-me que tinha a mochila aberta. Ao olhar, descubro que o meu telemóvel e a minha carteira, tinham desaparecido. A minha mochila tinha sido violada.

Procurei pela rua a cima. Fui até ao café de onde vínhamos para ver se estavam por lá. Nada. Calmamente, fomos à procura de uma esquadra. Acabámos por ir encontrá-la perto do Mercado Ferreira Borges, onde um agente, a início antipático, chamado Francisco Silva, me atendeu e registou a minha participação.

Nunca antes tinha sido roubado. A sensação de perda é muito estranha e difícil de descrever. Ainda me lembro, tinha acabado de fazer 16 anos, e passeava calmamente por Aveiro numa tarde primaveril. Passei pela Sport Zone do Fórum Aveiro, onde vi a minha carteira à venda.

Durante todos estes anos, esta acompanhou-me nas várias viagens que fiz, e nos vários momentos que vivi. E agora nunca mais a verei. Meses antes, tinha estado na Worten do Gaiashopping a questionar uma assistente bastante atraente, sobre os benefícios de um Motorola v300, que desde esse momento passou a ser o meu companheiro diário. O meu Nokia 6210 já tinha passado os seus dias de glória e era hora de mudar.

Agora é novamente hora de mudar. De forma imprevista, e completamente estúpida. Nunca irei esquecer aqueles dias em Coimbra. As vários fotos que tirei, e outros momentos simbólicos em que este pequeno bloco azul tinha servido de álbum para mais tarde recordar.

A quem teve a audácia de cometer tal acto, apenas lhe reservo um sentimento de pena. Espero que se faça justiça e que acabem por se arrepender por este acto malicioso. Parte de mim quer vê-los a morrer afogados debaixo de um comboio, mas como isso não é correcto, vê-los na choça já era muito bom.

Para terminar, queria apenas deixar uma nota de agradecimento aos meus amigos que me acompanharam, e que me ajudaram neste momento: Obrigado Catarina, Né e David.