Friday, April 27, 2007

Planeta Bob

Imagem DR
A Terra pode não ser um paraíso, mas é o nosso lar. A NASA recentemente divulgou a descoberta de um novo planeta fora do sistema solar. Este novo planeta por enquanto tem o nome de Gliese 581 b. O novo planeta recebe esta designação por orbitar a estrela Gliese 581, uma anã vermelha nas últimas etapas da sua existência.

Gliese 581 b é um entre vários planetas descobertos neste sistema, mas tem a particularidade de ser rochoso, apesar do seu tamanho ser próximo do de Neptuno, e de possuir água.

A água não é um elemento raro no espaço, normalmente surgindo no estado gasoso ou sólido, como no caso de Europa, uma das luas de Júpiter. No entanto, dados da NASA indicam que a temperatura da superfície deste planeta varia entre 0 ºC e 40 ºC, o que é suficiente para possuir água no estado líquido.

Outro facto interessante sobre este planeta é que a sua órbita é tão próxima da sua estrela, que se o colocássemos no Sistema Solar, este ultrapassaria Mercúrio, e tomaria o lugar de planeta mais próximo do Sol.

Na notícia da SIC sobre esta descoberta, é referida a incapacidade de o alcançarmos por ele se situar demasiado longe. Ainda é posta a questão desta viagem interestelar apenas ser possível se os eventuais habitantes desse planeta possuírem uma tecnologia muito mais avançada que a nossa. Mas algo me diz que não precisamos de nos preocupar com isso.

A força gravítica de um astro tão grande seria inviável para a vida como a conhecemos. Se vida inteligente se desenvolvesse, na melhor das hipóteses, seria subaquática e completamente minúscula em comparação a nós, devido às extremas forças em acção. Outro facto a ter em atenção é que a estrela deste planeta está a morrer, e as condições nesse sistema não devem ser as melhores. Já para não falar que a luz que recebemos agora tem já vários milhares de anos, por causa da longa distância que tem que percorrer.

Nós como espécie sempre demonstrámos uma certa tendência para nos aniquilarmos, e só temos esse poder há pouco mais de cem anos. Será que mil anos não seria demasiado tempo para uma civilização tão avançada sobreviver?

Até que ponto é a vida inteligente um privilégio para o Planeta? Seremos nós os únicos que não se conseguem entender entre si, ou será isto uma maldição que cai sobre toda a vida em qualquer lugar? Só uma viagem a esta nova baga azul na escuridão do espaço poderia responder a estas, e a outras perguntas.

Friday, April 20, 2007

Estarei vivo?

Será a vida nada mais que um céu? Um Inferno?
Uma estranha espécie de limbo?
Não respiro, não sinto, o meu coração não bate.
Estarei morto?
Se a morte é pensar, falar e agir, o que é viver?
Nada sei, pois não sei responder a esta pergunta.

A vida é uma música que não podemos ensaiar,
Mas se não sei sobre o que cantar,
Como vou viver?

Se a vida é um palco e somos todos artistas,
Estarei morto por não saber actuar?

Se a morte é como a vida, como sei onde estou, ou o que sou?
Porquê o medo? Porquê o desconhecido?
Se o desconhecido é aquilo que se conhece,
Como continua a ser desconhecido?

Nada é nada, e tudo é tudo,
Mas e se tudo for nada, e nada for tudo?
O que acontece?

O meu concerto vai a meio,
Uma corda da minha guitarra parte-se,
Tenho que cantar, mas nada sai da minha voz.
É isto viver? É isto morrer?
Há alguma diferença?

Se não vivesse, onde estava?
Se não morresse, onde estava?

Se...?